A Arte como Porta para a Linha do Desespero

Modrian (1822-1944) influenciado por Picasso na arte pintava seus quadros e os pendurava na parede. Ele não os emoldurava para que não parecessem buracos na parede. Já que as pinturas não combinavam com o ambiente da sala, ele teve que arrumar outro cômodo. Por isso, Modrian tinha móveis feitos para ele, por Rietveld, um membro do grupo De Stijl, e por Van der Leck. Houve uma exposição no Museu Stedelijk em Amsterdã, de julho a setembro de 1951, chamada “De Stijl”, onde os mesmos foram expostos. Olhando para eles você acaba admirando a harmonia entre o espaço da sala e os móveis, da mesma forma que existe um bom equilíbrio entre os quadros. Contudo, se um homem entrasse na sala, não haveria lugar para ele. É um ambiente que tem uma harmonia abstrata, mas não para o homem. Esta é a conclusão a que chegou o homem moderno, que se emcontra abaixo da Linha do Desespero (acima da linha estão os absolutos românticos, ou seja, sem base filosófica suficiente e abaixo o homem pensando de forma diferente a respeito da verdade). Ele tentou construir um sistema por si mesmo, mas tal sistema chegou a um ponto em que já não havia mais espaço no universo para o homem.

Francis A. Schaeffer
O Deus que Intervém, p.56-57

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