O Homem-Aranha 3

Fui a assistir a Homem-aranha 3 com a minha esposa, e confesso que o filme superou as minhas expectativas. Sem querer conta-lo, o longa mostra um momento em que o protagonista busca a redenção dos seus erros dentro de uma igreja, aos pés da cruz. Isso mesmo... O "incrível Homem-aranha" se mostrou mais homem que nunca nesse terceiro filme.

Nesse episódio, ele luta contra uma substância alienígena capaz de fazer aflorar a maldade que cada hospedeiro traz dentro de si. Por isso mesmo, o Aranha se torna egoísta, vingativo, e maquiavélico, mostrando de uma forma muito clara que o pior de todos os seus inimigos é ele mesmo. O filme remarca uma pergunta feita por grandes teólogos na igreja durante o século IV: Afinal de contas, o homem é bom ou mau por natureza?

Houve um filósofo chamado Pelágio, que foi um grande opositor de Agostinho; este insistia na bondade do homem - sendo este, inerentemente BOM - dizia. Ele afirmava que se Deus exigia dos homens que estes vivessem vidas perfeitas, então, estes homens deveriam ter a capacidade humana de viver tais vidas perfeitas; ou de ser perfeitos! Já na visão, e acertada teologia, de Agostinho (adotada por toda a igreja cristã), apesar do homem caído ainda possuir um vontade livre, no sentido que ele retém a capacidade de escolher, sua vontade é constantemente influenciada pelo pecado a tal ponto - em tamanha magnitude e extensão - que o homem não possui liberdade moral suficiente para buscar a Deus. Isso reflete o que a Bíblia diz: "não há um justo... não há quem faça o bem... todos os homens se desviaram do caminho certo... e não querem buscar a Deus� (Romanos 3.10-18). Ou seja: herói ou não, grande ou pequeno, rico ou pobre, branco ou negro, culto ou iletrado, todos, por causa da nossa natureza pecaminosa (carne) nos inclinamos para o mal, e as nossas escolhas não são totalmente livres dessa influência maligna.

Se isso é assim, então como podemos ser salvos? O fato é: todo mundo necessita de uma cura para a maldade do seu coração. Cristo providenciou essa cura morrendo no Calvário pelos seus, e enviando o Seu Espírito para que operasse em nós a vontade de Deus, e nos fizesse caminhar na santificação exigida pelo Senhor. Trocando em miúdos, nós somos MAUS até que a natureza pecaminosa (o nosso "Venon") seja crucificada Nele (em Cristo) e a bondade de Jesus seja aflorada em nós. Esse processo de libertação que se inicia na conversão, se estende até a glória, onde finalmente ficaremos livres dessa "substância alienígena" que grudou no nosso coração e que só sai pelo sangue e obra de Cristo.

Pr. Waldemir Lopes

Template by Themes Blogger