Diaconia: Um Serviço Para Todos

Quando se fala em Diaconia, imediatamente nos vem à mente aquele serzinho, vestido com um terninho azul marinho (nem sempre com bom caimento), com a camisa branca por dentro, em pé no corredor da igreja, com o olho bem aberto à caça de alguma criança em cima do banco, ou pronto para servir a santa ceia e recolher oferta, ou ainda, de prontidão caso haja algum demônio para expulsar.... Nã, nã, nã, nada disso!


Na verdade, diaconia significa o mesmo que serviço. Algo em que Jesus investiu todo o seu ministério tentando nos ensinar, e que nós, cristãos de modo geral, teimamos insistentemente em fingir não saber do que se trata.

Para você leitor igrejeiro, cansado de conhecer a Bíblia, aquela passagem de Mateus 25:14 em diante, que fala da parábola dos dez talentos, soa bem familiar. E é! Porém, a compreensão dela vai além do que estamos acostumados a ouvir por aí. O que será que significa ter um talento? E o que isso tem a ver com diaconia???

Ter um talento é muito mais do que investir um dom específico na igreja local... E servir a Deus é muito mais do que ser um diácono, ou uma equipe de “suporte”, como costumamos chamar lá no Projeto 242.

Ser diácono, ou servo de Deus não é algo opcional, mas faz parte da natureza da igreja. É ser mais como Jesus, que era inegavelmente servo.

Vemos na igreja moderna algo semelhante ao que vemos na política brasileira. Pastores e políticos que ao galgar seus cargos fazem promessas das grandes coisas que farão por sua ovelhas ou pelo povo desta nação, dizem que serão servos, são humildes em suas retóricas, mas ao alcançarem seus objetivos se esquecem de sua diaconia e se deixam servir. Se envolvem pelas armadilhas sedutoras do poder e se esquecem daqueles que acreditaram em suas palavras... Existem pessoas que servem com segundas intenções... Sad but true!!!

Jesus Cristo não calculou o que era conveniente em seu serviço. Aliás, morrer por alguém é algo que parece extremamente inconveniente, diga-se de passagem... O coração do nosso Deus não é aquele que leva vantagem. É sacrificial e verdadeiro!!!

Imagine-se indo para a igreja, lembrando que hoje em dia a moda é determinar bênçãos; dentro da igreja várias bacias espalhadas e toalhas também, e tudo que você terá que fazer é esquecer os problemas de dores na coluna e ajoelhar-se na frente de quem quer que seja, descalçar-lhe os sapato (independente do chulé ou do grau de sujeira) e lavar-lhe os pés. Servir nos tira de uma posição confortável. Servir requer auto-doação. Jesus fez isso em pés bastante empoeirados e Ele é o filho de Deus. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Ele praticou a diaconia. Ele considerava próspero aquele que servia.

Vemos a igreja evangélica brasileira em posição de receber e não de servir. Estamos enterrando o nosso talento. Nos acostumamos a pensar nos talentos como dons espirituais, mas, na realidade, um talento é a totalidade de nossas vidas. E nós precisamos investi-la, como fez o servo que recebeu cinco talentos e não enterra-la. Investir uma vida é usá-la servindo. Diaconia. Simples assim! Apesar de termos dons espirituais diferentes, igualmente todos nós temos uma vida. Mesmo que uns tenham mais dons e outros menos, todos nós precisamos igualmente investir nossas vidas nos doando, servindo... Jesus deu-se a si mesmo, devemos seguir seus passos. Se queremos o paraíso temos que seguir a Cristo rumo ao calvário... Se queremos ser grandes, temos que por em prática o seu conselho: quem quiser ser importante, sirva os outros.Daí te digo: Será que nós temos usado corretamente os nossos talentos??? Ou enterrado? Será que estamos praticando a diaconia???

Por: Roberta Tschernev

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