Dialeto | A vida é bela

Roberto Benigni é Guido, filho de judeus que vive na Itália durante a Segunda Guerra Mundial, e precisa se desdobrar para proteger sua família perante as ameaças de um campo de concentração. Além de me provocar risos marotos, fui levado a pensar como e até onde os pais vão para nos esconder a desgraça, muitas vezes presente, com a finalidade de não nos fazer perder a esperança na vida. Você já pensou que várias vezes seus pais tiraram deles para nos dar?

Lembro que em uma fase da minha vida, já sem pai, via minha mãe fazer das tripas coração para ver em meu rosto um sorriso. Quando nos faltava comida ela sabia como arranjar e arranjava, assim, no meu rosto úmido de lágrimas, uma ponta de esperança de que naquela tarde, pelo menos eu, almoçaria. Ainda hoje quando o que temos além do feijão e arroz são dois pedaços de carne ela sussurra baixinho para mim e minha irmã dizendo: “podem comer cada um um… eu já almocei!”. Quando sei que ela ainda não se alimentou. Minha mãe é assim. Os pais são assim.

No filme, Guido faz de tudo para que seu filhote não entenda o perigo à vista conservando no menino uma esperança que ele mesmo parecia duvidar.

Colocando a dúvida de lado, podemos traçar um paralelo com o nosso Pai celestial. Você já percebeu que Deus abriu mão de Seu Filho unigênito o entregando por nós com o objetivo de nos dar esperança (Jo 3.16)? Eu estimo a dedicação de minha mãe que por mim abriu e abre mão de várias coisas. Imagine, então, o sentimento que devemos ter por Deus que, ainda melhor que nossos pais, sabe do que precisamos: dEle mesmo. Por isso se deu por nós para que experimentássemos a belíssima vida que há somente nEle.

Pelo Pr. Daniel em Junho de 2006

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