Dialeto | Poseidon

Sabe aquele filme que você vai assistir “sem-querer-querendo”? Aquele que aparenta ser o melhor da lista dos mais baratos do dia? Assim entrei na sala com meu hamburguer, coca-cola e noiva do lado. Esperei também que depois de assistir o filme eu mataria meu medo de água quando essa ultrapassa o nível da minha cintura.

Uma onda gigantesca e rara vem em direção do grandioso cruzeiro que tem a bordo centenas de pessoas que estavam esbanjando satisfação ao passar o ano novo naquele luxo em alto mar. A situação se transforma em um caos quando as pessoas percebem o navio virando de ponta cabeça. Todo o luxo conquistado ou “hereditarizado”. Toda a satisfação e comodismo deram lugar ao desespero e busca por um pouco mais de vida que lhes dariam a esperança de serem achados e capturados à salvação e livramento. Imagino que todos dariam suas próprias vidas para reconquistá-las.

Vi-me na tela enquanto assistia o desespero de alguns poucos que lutavam por conta própria sem esperar ajuda - porque o tempo da ajuda poderia ser o mesmo tempo que a morte requeria para tomá-los. No entanto, todos aqueles que queriam sair do barco tinham que confiar suas vidas à direção e liderança de John Dylan (Josh Lucas), aquele que vai na frente e experimenta primeiro os perigos do caminho.

O caminho da salvação é justamente esse. É deixar Outro tomar a direção e nos conduzir para fora de nós mesmos, de nossos orgulhos, da falsa idéia que de poderemos alguma coisa sozinhos correndo para onde apontar a ponta do nosso nariz. Enquanto não entendermos que para chegarmos até o fim do túnel é preciso entregarmos o volante a quem é o Caminho nada mudará, nada irá progredir. A não ser nossa vaidade que nos levará para a parte mais alta do navio virado, sendo assim o fundo da nossa própria ruína.

O homem tenta chegar o mais alto que pode sem saber que seu prumo está invertido e profundamente destinado ao profundo da alto-salvação hipotética. Salvação é deixarmo-nos ser dirigidos por Alguém (Jesus Cristo) que sabiamente nos levará ao bote iluminado pelo providencial livramento divino.

Por Daniel Luiz

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