Dialeto | Crash - No Limite

Exibição e discussão deste filme HOJE, segunda-feira, dia 2 de julho, na Igreja Presbiteriana Memorial às 19:30h. Dialeto | Filme e pipoca - Você fala essa língua?!


Ficha Técnica | Elenco | Trailer | Sinopse | Pôsters | Fotos | Premiações | Curiosidades | Críticas

Assisti tardiamente em DVD ao filme CRASH, de Paul Haggis. Fiquei sinceramente admirado. O que me impressionou foi como o filme consegue nos colocar frente a frente com os nossos próprios preconceitos, tendo como pano de fundo a questão étnica nos Estados Unidos. Cada cena nos conduz sem percebermos aos pensamentos típicos de cada ser humano, aos nossos julgamentos da ação de cada personagem (por exemplo, “ele é do mal” ou “ele é bom”), para depois nos mostrar um outro ângulo que escancara, delicadamente, o nosso modo de aprovar ou condenar as pessoas. No filme há uma ausência de bons e maus. Todos são postos debaixo de uma mesma ótica: qualidades e defeitos, erros e acertos. Essa é a mensagem do filme: “não podemos julgar pela aparência”. O filme oferece uma visão de como o fato de “respeitar as diferenças” é delicado e circunstancial, e que em certos momentos, podemos ser tanto seres amorosos quanto perversos. Isso mostra que estejamos onde estiver, somos vulneráveis aos erros, medos, fracassos, dor e sofrimento. O enredo traz a idéia do quanto podemos ser perversos na hora de emitir um ajuizamento com respeito a uma pessoa.


Pensando nisso, vi, como muitas vezes, os relacionamentos, que são fundamentais no convívio cristão – na igreja em si, são entrecortados ou mutilados por uma simples emissão de julgamento pela aparência, palavra, ou até mesmo, pela atitude errada de uma pessoa. Se alguém na igreja errar, somos os primeiros a dizer: “é má”. Se disser algo que não convém, já estamos tendenciosamente intitulando aquela “vítima” de: “chata” ou “intragável”. Se virmos que se veste de uma forma diferente, já começamos a estender o dedo em rijo, e dizer: “não presta”. Se lermos Tiago 3.1-12 e 4.1-12, veremos as conseqüências de certos comentários dolosos e dolorosos. Aquele que é capaz de punir severamente o incauto que mentiu, são os que, muitas vezes, permitem-se dizer algumas mentirinhas a fim de fazer o que acham ser correto. Ora, isso é hipocrisia!

Precisamos desesperadamente nos libertar dos julgamentos prévios que mutilam as relações na igreja. Temos que assumir que (TODOS) não passamos de pecadores, e, voltarmos à dependência completa e humilde do dom salvador de Deus: A Sua Graça. Que é o único antídoto capaz de curar os nossos olhos da tendência venenosa que temos de olhar ao outro com diferença e julgá-lo. Não podemos nos esquecer o que Cristo nos pede: não julgueis para que não sejais julgados.

Por Waldemir Lopes

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